NESTA NOITE VAMOS APRENDER COM DAVI.
DAVI POUPA A VIDA DE SAUL
1 SAMUEL 23 e 24
Davi e os seus homens estavam abrigados na região de Adulão, onde havia
cavernas para se esconderem do rei Saul e seus asseclas, quando receberam
notícia que os filisteus haviam atacado as eiras dos habitantes de Queila. Esta
era uma cidade de Judá, distante uns cinco quilômetros ao sul de onde eles
estavam, na fronteira do território dos filisteus.
As eiras eram áreas circulares abertas no campo, onde se separava o grão
do trigo. Ao atacar as eiras, os filisteus roubavam os israelitas das suas
provisões de cereais.
Antes de tomar qualquer providência, Davi consultou ao SENHOR para saber
se deveria ir ferir os filisteus. Ao invés de procurarmos saber a vontade de
Deus depois de entrar numa situação difícil, ou de pedir o seu socorro para
evitar as conseqüências de decisões apressadas, deveríamos tomar algum tempo
para descobrir qual é realmente a Sua vontade. Podemos descobrí-la através do
conselho de outros, da Sua Palavra, da direção do Espírito Santo em nossas
mentes, bem como das circunstâncias.
Com ele estava o sacerdote Abiatar (22:20-23) que trazia a estola
sacerdotal (v.6). Nela estavam o Urim e Tumim, possivelmente duas pedras
preciosas que eram colocadas dentro do peitoral. Podem ter sido usadas para
determinar a vontade de Deus mediante sorteio (Êxodo 28:30, Levítico 8:8,
Números 27:21; Deuteronômio 33:8; 1 Samuel 28:6; Esdras 2:63; Neemias 7:65)).
Recebendo a aprovação do SENHOR, Davi foi com seus homens a Queila,
desbaratou os filisteus e salvou os moradores de Queila.
Queila era uma cidade fortificada, cercada por um muro. O muro protegia
os habitantes dos assaltantes, mas também os prendia se estivessem cercados por
inimigos. O rei Saul achou providencial que Davi e seus homens estivessem ali,
e chamou todo o povo para irem cercar a cidade.
Ele queria tanto matar Davi, que estava disposto a aceitar qualquer
coisa como sinal que Deus aprovava o seu ato. Nenhuma oportunidade que nos
apareça para fazer alguma coisa errada deve ser interpretada como sinal da
aprovação divina. Quando nos vêm as oportunidades, examinemos bem os nossos
motivos e nos certifiquemos que estamos fazendo a vontade de Deus e não só a
nossa.
Davi sabia que estava vulnerável e que Saul planejava o mal contra ele,
portanto novamente consultou o SENHOR. Vemos como formulou as perguntas através
de Abiatar, com a estola sacerdotal:
1. Orou primeiro ao
SENHOR, explicando a situação.
2. Perguntou se Saul
realmente desceria para prendê-lo.
3. Perguntou se os
homens de Queila o entregariam a Saul.
Notemos que as respostas eram próprias para um sorteio, "sim" ou "não". As
respostas que recebeu às duas perguntas foram positivas. Não se tratava, é
claro, de uma profecia, mas de um esclarecimento sobre o que Saul e os homens
de Queila estariam dispostos a fazer.
Davi e seus homens saíram portanto de Queila e se foram sem rumo certo,
o que evitou que pudessem ser perseguidos. O deserto de Judá é uma região árida
e inóspita entre a região montanhosa e o mar Morto. Existem ali muitas cavernas
e desfiladeiros onde eles podiam se refugiar de Saul. O deserto de Zife é um
planalto árido que ficava 6,5 quilômetros a sudeste de Hebrom. Saul não
conseguiu achá-los.
No entanto, seu amigo Jônatas foi até onde ele se achava e encontrou-o.
Jônatas fortaleceu a confiança de Davi em Deus, declarando que Saul não iria
encontrá-lo para fazer-lhe mal, que era do conhecimento dele e do seu pai que
Davi ia ser rei, e se dispôs a ser o segundo no seu reino.
Eles ali renovaram a sua aliança perante o SENHOR e partiram, indo Davi
para o deserto e Jônatas para a sua casa. A atitude de Jônatas nesta ocasião
nos lembra João Batista, que disse, a respeito do Senhor Jesus: "convém que Ele
cresça e que eu diminua" (João 3:30). Talvez foi a última vez que se
encontraram. Eles eram verdadeiros amigos, encorajando um ao outro e
fortalecendo a sua fé em Deus mutuamente.
Mesmo no deserto de Zife havia gente disposta a trair Davi. Ele teve que
sair de lá mas, eventualmente, o rei Saul conseguiu cercar Davi e os seus
homens quando se refugiavam sobre uma rocha. Decerto teriam sido apanhados, se
não houvesse chegado uma notícia a Saul que os filisteus estavam invadindo a
terra. Saul teve que abandonar a perseguição e correr para enfrentar os invasores.
Vemos aqui que Deus interveio na hora certa, fazendo uso dos filisteus quando a
situação parecia desesperadora para Davi.
Davi foi, com seus companheiros, até um oásis a leste de Hebrom, acima
das margens do mar Morto, chamado En-Gedi (fonte do cabrito). Era um bom lugar
para se refugiar, porque existem muitas cavernas por ali, e podem ser vistas
ainda hoje. Algumas eram usadas como residência e túmulo, mas as maiores podem
abrigar milhares de pessoas.
O rei Saul perseguiu os filisteus, depois voltou e soube onde Davi
estava. Reuniu então um exército formidável de três mil homens, escolhidos
entre todo o Israel e foi ao encalço de Davi e dos seus seiscentos homens (mais
ou menos).
Chegando ali, Saul entrou numa dessas cavernas para aliviar-se, sem saber
que Davi se encontrava assentado no fundo com seus homens. Estes logo
perceberam a oportunidade que se oferecia e concluíram que o SENHOR havia
entregue o rei Saul a Davi.
Davi foi furtivamente até onde Saul estava, mas apenas cortou a orla do
manto de Saul (que ele provavelmente havia tirado e colocado à parte), e voltou
para onde estavam os seus homens.
A consciência de Davi ficou perturbada, pois tocar as vestes de Saul
eqüivalia a tocar a pessoa do rei, e Davi sabia ser errado erguer a mão contra
o rei ungido pelo SENHOR. Ele declarou isso aos seus homens, e com isso conteve
aos seus homens, não permitindo que fizessem mal a Saul.
Embora Saul estive sendo rebelde a Deus, Davi ainda respeitava a posição
que ele ocupava como o rei ungido por Deus. Sabia que um dia ia tomar o seu
lugar, mas também que não lhe competia eliminá-lo ele próprio.
Deixando Saul se retirar da caverna e prosseguir no seu caminho, Davi
também saiu e gritou para Saul: "ó rei, meu senhor". É Deus quem
dá poder e autoridade aos reis e governadores deste mundo (Romanos 13:1-7).
Embora sem saber a razão, devemos respeitá-los, como Davi, e obedecê-los a não
ser em algo que nos torne desobedientes a Deus, a autoridade suprema.
Em atitude de completa submissão, Davi declarou ao rei como teve a sua
vida em suas mãos dentro da caverna, mas que o havia poupado porque era o
ungido de Deus. Mostrou-lhe a orla que havia cortado da sua capa, como prova de
que não o queria mal nem era rebelde. Declarou que deixava a justiça nas mãos
do SENHOR, mas que nunca levantaria a mão contra Saul. Manifestou surpresa por
ser perseguido por Saul, sendo que era absolutamente inofensivo ao rei.
Parece que, ao ver e ouvir isso, Saul sinceramente se arrependeu, chegando
a chorar de emoção. Ele reconheceu que Davi lhe havia pago o mal com o bem, o
abençoou por isso e afirmou que estava convencido que Davi seria rei,
definitivamente. Pediu que Davi jurasse não eliminar a sua descendência (como é
costumeiro ao entrar uma nova dinastia), nem os deserdasse. Isto Davi jurou, e
Saul voltou para sua casa. Infelizmente seu remorso foi por pouco tempo.
Davi já não confiava mais em Saul, por isso subiu com seus homens ao
lugar seguro.
crédito da imagem: https://www.google.com.br/search?q=profeta+oseias&biw=1024&bih=653&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAcQ_AUoAmoVChMIkY3A7aXwxwIVyYeQCh1WpgNl#tbm=isch&q=davi+e+saul&imgrc=vi5S2VeWHYKn4M%3A
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