Parábola do amigo importuno (Lucas 11: 1 a 10)
- Na oração, como em todos os outros aspectos de Seu ministério, Jesus ensinou aos seus discípulos, não somente através de mandamentos, mas também ao praticar o que ensinava.
- Os discípulos de Jesus estavam vendo Jesus orar em determinado lugar, e esperaram até que ele terminasse sua oração, para lhe pedirem: “SENHOR, ensina-nos a orar” (vs 1).
- Ao concordar com o seu pedido, JESUS lhes deu aquele maravilhoso modelo de oração, que é válida tanto para crianças iniciantes, como para homens cheios do poder de Deus.
- Após ter ensinado aos Seus discípulos a ORAR através de Seu exemplo, e pelo próprio mandamento de orar, JESUS lhes deu uma parábola sobre a IMPORTUNAÇÃO e a PERSEVERANÇA na oração, que vamos ver agora:
- Temos nessa parábola de Jesus três amigos. Um deles tinha OUTRO que PRECISAVA DE PÃO e então ele foi a um VIZINHO PARA PEDIR EMPRESTADO. JESUS seria o QUARTO AMIGO, o que estava sobre TODOS OS OUTROS, QUE NOS AMA SEMPRE E ESTÁ MAIS UNIDO A NÓS DO QUE UM IRMÃO.
- Um amigo necessitado busca sempre um OUTRO AMIGO, e Jesus é ESSE AMIGO QUE NUNCA FALHA, E QUE ESTÁ ACIMA DE TODOS OS OUTROS.
- JESUS muitas vezes usava um DRAMA em Suas parábolas, vemos isso nessa parábola.
- Nessa parábola vemos uma mensagem focalizada num CONFLITO de interesses. Os discípulos de Jesus eram treinados e PROGREDIAM na vida cristã através desse método de ensino parabólico.
O AMIGO VISITANTE
-Esse viajante seguia o seu caminho através da noite fria, para escapar do calor agressivo do dia, e dirigiu-se à casa de um amigo, onde ele sabia que lhe seriam oferecidos comida e abrigo. Após muitas horas de viagem, ele chegou, por volta da meia-noite, muito cansado, com os pés doendo (Lucas 11:5).
- O seu amigo, dono da casa, quando o ouviu bater à sua porta e reconheceu sua voz, abriu-lhe a residência, recebeu aquele viajante cansado e lhe ofereceu a costumeira hospitalidade oriental. A lei da hospitalidade é sagrada para todo o verdadeiro judeu, e para ele é normal, por mais tarde que seja, ir à casa de um amigo.
O AMIGO IMPORTUNO, INSISTENTE
- Ao ver a hora avançada em que o viajante chegou, o seu amigo percebeu o problema. No fim do dia, após todos os de sua casa se alimentarem, não havia mais pão, e agora todos já descansavam.
- Na manhã seguinte eles assariam mais pão para o consumo de mais um dia. A falta de pão para um visitante era uma censura insuportável para um oriental. Por isso, apesar de ser tão tarde, o chefe da família foi à casa de seu amigo, que morava perto, para pedir-lhe emprestados três pães, que seriam suficientes para a refeição de seu hóspede.
- Essa cena nos transmite o quão realmente esse amigo era hospitaleiro. Portanto, à meia-noite ele foi bater à porta de seu vizinho, exatamente como o viajante batera na sua.
O AMIGO COM MÁ VONTADE
- O vizinho que dormia, quando foi acordado por seu amigo, não ficou muito contente por ser perturbado tão tarde da noite, e respondeu ao pedido por pão com uma recusa educada, porém definitiva (Lucas 11: 7). Sua esposa e filhos dormiam tranquilamente, e movimentos estranhos poderiam acordá-los. Era melhor alguém ficar sem comer até à manhã seguinte, do que uma família inteira ser perturbada à meia-noite.
- Mas aquele que suplicava à sua porta não aceitou um não como resposta. Ele fechou os ouvidos à recusa, e continuou a bater e pedir.
- O amigo, que acordou com os seus pedidos, agora percebe que o seu método adotado para preservar o agradável silêncio da meia-noite (mandar embora o vizinho), iria na verdade agitar mais a noite, apesar de sua INTENÇÃO de PRESERVAR a sua família, que dormia, de ser PERTURBADA.
- O BATER insistente na porta e OS GRITOS acordariam não apenas a sua família, mas também a vizinhança. Por isso ele saiu da cama e deu ao seu amigo O PÃO que ele pedia. VEJA BEM que ele não fez isso por amizade, mas rendeu-se por causa do incômodo.
- Um comentarista disse: “não havia como dormir com aquele tumulto. Por isso, era melhor um arrastar de pés pela pequena casa, um mover desajeitado da tranca da porta e uma mão estendida pela fresta da PORTA ENTREABERTA, com a seguinte expressão: TOME! PEGUE O seu pão e suma!”.
- JESUS termina dizendo: “digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhe os pães, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que ele necessitar” (Lucas 11: 8).
- A palavra “IMPORTUNAÇÃO” aqui é a única vez que aparece no novo testamento, e significa em latim
“PERTURBADOR”. No grego significa “NÃO TER VERGONHA”. A expressão foi forte, e nos mostra O QUE GARANTIU O SUCESSO DO AMIGO QUE PEDIA OS PÃES: a importunação que NÃO TEVE VERGONHA; isso porque a importunação no final torna-se mais cansativa para aquele a quem se pede, do que o simples ato de levantar-se da cama.
- Uma vez de pé, ele deu sem restrição tudo o que o outro precisava, porque somente assim conseguiria livrar-se rapidamente de sua importunação.
Aplicação.
- Jesus expõe nos versículos seguintes o propósito central de Sua parábola (Lucas 11: 11 a 13). Deus é o Pai, o chefe de família e tem mais desejo de dar do que possuímos de receber.
- Ele nunca dorme; portanto, jamais é perturbado quando vamos a ele. Em Tiago 1: 5 vemos que Ele é o Deus que dá LIBERALMENTE, e uma das COISAS que ele tem GRANDE PRAZER, é SATISFAZER AS NOSSAS NECESSIDADES.
- Porém precisamos orar com perseverança, porque a oração bem sucedida é a oração perseverante. Se a insistência e a repetição de um PEDIDO venceram aquele homem EGOÍSTA, PREGUIÇOSO, QUANTO MAIS A ORAÇÃO PREVALECERÁ PERANTE Deus, que CUIDA DE NÓS COM AMOR DE PAI.
- É bom vermos que existe uma grande diferença entre o chefe de família incomodado e o nosso Deus: o amigo que foi acordado teve de ser molestado para, então, emprestar o pão de que o outro precisava. Mas Deus não COCHILA NEM DORME, e não precisamos forçá-lo a nos dar algo, pois Ele nunca reluta para NOS DAR o que pedimos QUANDO É TAMBÉM de Sua vontade. Vontade de nos dar, de nos abençoar.
- Se achamos que Ele não nos responde, precisamos ser incansáveis em nos dirigirmos ao Trono da misericórdia. Os que no passado tornaram-se poderosos em oração, foram os que, como JACÓ, lutaram e clamaram: “não te deixarei ir, se não me abençoares” (Gênesis 32: 26).
- Jacó foi persistente e deus se agradou disso. Hoje deus também gosta de nossa insistência (em algo santo), Ele ouve as nossas orações e não considera a insistência algo ruim.
- Essa insistência na oração é revelada pela exortação de Jesus: “pedi, buscai, batei” (Lucas 11:9)
Nem todo o pedir pode ser chamado de buscar; mas não é qualquer pedir, mas sim um pedido enérgico e persistente, expresso pelo bater. Que por sua vez não é qualquer tapinha, mas uma batida forte. Insista Igreja.
- Jesus nos exorta através dessa parábola à oração perseverante e persistente.
- Se o amigo que desejava pão para o seu visitante não foi desencorajado pela recusa do outro; mas CONTINUOU a pedir ainda com mais INTENSIDADE o que desejava, quanto MAIS NÓS, A QUEM JESUS CHAMOU DE SEU AMIGOS.
-Nos convém sermos incansáveis em apresentarmos as nossas petições a Deus, cujo amor paterno não precisa, como a precária amizade humana, ser constrangido e relutante. O amor paterno de Deus de boa vontade e alegremente deixa-se conduzir pelos nossos PEDIDOS.
- Deus não responde às nossas repetidas orações PARA SE VER LIVRE DE NÓS, mas porque nos ama.
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